Xique-Xique: Golpista clona celular de estudante de Direito e tenta extorquir o pai da vítima via Whatsapp
‘Pai... Está muito ocupado agora?’
- Não!
‘Faz um favor pra mim?’
- Sim.
‘Estou comprando um iPhone novo mas, meu limite de pix é de 5.000,00 e o iPhone custa 6.900,00. Consegue fazer o restante pra mim? Amanhã eu transfiro pra sua conta de volta’.
O diálogo acima aconteceu em 02/02/22, e faz parte de uma troca de mensagens via whatsapp, entre a vítima, e o suposto golpista, que se passou pela filha do diretor do jornal Pagina Revista, Erasmo Deterra.
Nas mensagens de textos, o golpista se passava por Indri Pinheiro, e alegava estar comprando um novo aparelho de celular, e pedia emprestado ao pai, a quantia de 1.900 reais, como complemento.
Deterra, desconfiado por ter quase que instantaneamente recebido da suposta filha, chamada de voz – o que não é comum -, ligou imediatamente com chamada de vídeo para a filha que, ao atender, disse não estar comprando nenhum iPhone.
“E o mais estranho, além da chamada de áudio, que ela nunca faz, pois nos comunicamos mais por vídeo, é que durante a nossa conversa, uma outra chamada com imagem dela apareceu na tela; naturalmente cancelei aquela chamada e disse à ela que provavelmente haviam clonado seu aparelho, e que eu estava no meio de uma tentativa de golpe”.
Ao mesmo tempo em que falava com sua filha, por vídeo, a vítima conversava normalmente com o golpista, e printava toda a conversa.
- “Quando percebi que se tratava de uma tentativa de golpe, mantive-me tranquilo, alimentando o desejo do golpista, enquanto fazia prints das conversas; depois de um certo tempo ele (golpista) abandonou o diálogo. Pode ter desconfiado de algo”, acredita Deterra -
O golpista chegou a mandar a chave Pix, que era seu próprio CPF. “Com o Pix dele, simulei uma transferência, e constatei que batia com o nome mencionado durante as mensagens; naturalmente, não concluí a transação”.
Com os dados necessários, como nome, CPF e prints das conversas, Indri, que teve seu número de celular clonado conseguiu, com auxílio do seu padrasto, que é agente da PF, rastrear o CPF e chegar ao suposto estelionatário.
Se trata de um cara de 19 anos, da cidade de Crixás-GO. Segundo informações do agente da Polícia Civil do Município, o cara já é conhecido por tráfico e roubo.
O agente do departamento também recomendou que a vítima fizesse um boletim de ocorrência online e encaminhasse cópia via e-mail, para que fosse realizada diligência no intuito de localizar o golpista.
Com o B.O. em mãos, e cópia enviada, agora é só aguardar.
- “Não sei como clonaram meu número mas, dias atrás, me colocaram em um grupo de desconhecido Whatsapp (saí quase que de imediato), e pode ter sido aí o início de tudo”, acredita Indri -
Os golpes estão aí, fiquem atentos
Com o crescente número de crimes virtuais, o crime de estelionato, previsto no Art. 171 do Código Penal, tem sido comumente aplicado na era digital, e vêm ganhando proporções gigantescas no período de isolamento social, devido à pandemia da covid-19. Fragilizados e abalados emocionalmente, os criminosos aproveitam e atacam esses pontos frágeis, que são os laços familiares. Muito comum, o golpe através do Whatsapp faz uso da mesma foto do perfil da vítima que, com um número diferente, liga ou manda mensagens para parentes próximos, e amigos, pedindo transferências de dinheiro.
É preciso redobrar a atenção para essa nova modalidade de crime cibernético. Com um grande número de dados pessoais disponíveis nas redes, os golpes se tornam cada vez mais fáceis e persuasivos, fazendo com que a vítima passe seus dados pessoais como número de cartão de crédito, senha e CPF; com esses dados em mãos, fica fácil para que o estelionatário finalize o golpe.
Portanto, fica a dica
1 - Redobre sua atenção ao trocar mensagens. Certifique-se de estar falando com a pessoa certa. Alguém pode estar se passando por outra pessoa dos seus contatos;
2 - Não se deixe levar pelas emoções, e sempre decida qualquer assunto com calma;
3 - Evite trocar mensagens com contatos desconhecidos (não identificados), e não se esqueça de pedir que a pessoa se identifique;
4 - Se desconfiar de alguma coisa, durante uma troca de mensagens, tire print de tudo;
5 – Não clique em links desconhecidos, nem informe nenhum código para quem lhe pedir.
‘Pai... Está muito ocupado agora?’
- Não!
‘Faz um favor pra mim?’
- Sim.
‘Estou comprando um iPhone novo mas, meu limite de pix é de 5.000,00 e o iPhone custa 6.900,00. Consegue fazer o restante pra mim? Amanhã eu transfiro pra sua conta de volta’.
O diálogo acima aconteceu em 02/02/22, e faz parte de uma troca de mensagens via whatsapp, entre a vítima, e o suposto golpista, que se passou pela filha do diretor do jornal Pagina Revista, Erasmo Deterra.
Nas mensagens de textos, o golpista se passava por Indri Pinheiro, e alegava estar comprando um novo aparelho de celular, e pedia emprestado ao pai, a quantia de 1.900 reais, como complemento.
Deterra, desconfiado por ter quase que instantaneamente recebido da suposta filha, chamada de voz – o que não é comum -, ligou imediatamente com chamada de vídeo para a filha que, ao atender, disse não estar comprando nenhum iPhone.
“E o mais estranho, além da chamada de áudio, que ela nunca faz, pois nos comunicamos mais por vídeo, é que durante a nossa conversa, uma outra chamada com imagem dela apareceu na tela; naturalmente cancelei aquela chamada e disse à ela que provavelmente haviam clonado seu aparelho, e que eu estava no meio de uma tentativa de golpe”.
Ao mesmo tempo em que falava com sua filha, por vídeo, a vítima conversava normalmente com o golpista, e printava toda a conversa.
- “Quando percebi que se tratava de uma tentativa de golpe, mantive-me tranquilo, alimentando o desejo do golpista, enquanto fazia prints das conversas; depois de um certo tempo ele (golpista) abandonou o diálogo. Pode ter desconfiado de algo”, acredita Deterra -
O golpista chegou a mandar a chave Pix, que era seu próprio CPF. “Com o Pix dele, simulei uma transferência, e constatei que batia com o nome mencionado durante as mensagens; naturalmente, não concluí a transação”.
Com os dados necessários, como nome, CPF e prints das conversas, Indri, que teve seu número de celular clonado conseguiu, com auxílio do seu padrasto, que é agente da PF, rastrear o CPF e chegar ao suposto estelionatário.
Se trata de um cara de 19 anos, da cidade de Crixás-GO. Segundo informações do agente da Polícia Civil do Município, o cara já é conhecido por tráfico e roubo.
O agente do departamento também recomendou que a vítima fizesse um boletim de ocorrência online e encaminhasse cópia via e-mail, para que fosse realizada diligência no intuito de localizar o golpista.
Com o B.O. em mãos, e cópia enviada, agora é só aguardar.
- “Não sei como clonaram meu número mas, dias atrás, me colocaram em um grupo de desconhecido Whatsapp (saí quase que de imediato), e pode ter sido aí o início de tudo”, acredita Indri -
Os golpes estão aí, fiquem atentos
Com o crescente número de crimes virtuais, o crime de estelionato, previsto no Art. 171 do Código Penal, tem sido comumente aplicado na era digital, e vêm ganhando proporções gigantescas no período de isolamento social, devido à pandemia da covid-19. Fragilizados e abalados emocionalmente, os criminosos aproveitam e atacam esses pontos frágeis, que são os laços familiares. Muito comum, o golpe através do Whatsapp faz uso da mesma foto do perfil da vítima que, com um número diferente, liga ou manda mensagens para parentes próximos, e amigos, pedindo transferências de dinheiro.
É preciso redobrar a atenção para essa nova modalidade de crime cibernético. Com um grande número de dados pessoais disponíveis nas redes, os golpes se tornam cada vez mais fáceis e persuasivos, fazendo com que a vítima passe seus dados pessoais como número de cartão de crédito, senha e CPF; com esses dados em mãos, fica fácil para que o estelionatário finalize o golpe.
Portanto, fica a dica
1 - Redobre sua atenção ao trocar mensagens. Certifique-se de estar falando com a pessoa certa. Alguém pode estar se passando por outra pessoa dos seus contatos;
2 - Não se deixe levar pelas emoções, e sempre decida qualquer assunto com calma;
3 - Evite trocar mensagens com contatos desconhecidos (não identificados), e não se esqueça de pedir que a pessoa se identifique;
4 - Se desconfiar de alguma coisa, durante uma troca de mensagens, tire print de tudo;
5 – Não clique em links desconhecidos, nem informe nenhum código para quem lhe pedir.
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