Série povoados de Xique-Xique: Vicente, uma comunidade quilombola
A Comunidade de Vicentes contada por seus moradores atesta que o negro Vicente Pereira Baldino, foi possivelmente escravizado no século XIX, nascido em data incerta na cidade de Pajeú da Flor (hoje a cidade de Flores) na então Província de Pernambuco.
Em 11 de setembro de 1783, foi criada a Freguesia de Flores do Pajeú. Vicente e sua esposa Joventina Pereira da Cruzo seguiram viagem, mas não se sabe ao certo por qual motivo e qual data ou fato teria acontecido. O casal percorreram áreas de caatinga e ao longo do vale do rio são francisco, passaram por várias dificuldades, a exemplo da fome, também enfrentada por muitos sertanejos da época, até chegar ao município de Xique-Xique, passando pelo Rumo. Chegaram até o povoado de Nova Iguira onde se instalaram e, depois, neste território o casal de escravos construiu sua família em terras Xiquexiquenses que passou a ser denominada de Vicentes, sendo que nessa área, a família cresceu, mas o trabalho intenso com a terra e a criação de pequenos animais não foi suficiente para proporcionar melhores condições sociais e econômicas de vida.
As primeiras povoações buscaram através da prática do catolicismo popular, da produção do samba de roda roda de são gonçalo, meios de continuarem nessa terra e afirmarem seus valores, sua importância no meio social local. Desde de dezembro de 2006, o povoado de Vicentes se constituiu como uma comunidade quilombo da contemporaneidade brasileira, a partir do reconhecimento registrado em certidão pela Fundação Cultural Palmares. A maioria dos moradores tem parentesco, muitos se relacionaram e formaram famílias.
O padroeiro é Santo Antonio, e no mês de junho acontecem os festejos da Trezena de Santo Antônio, as comemorações começam dia 01º de Junho ao dia 13 de junho que a data da morte morte de Santo Antonio. Por isso no mês de junho a comunidade recebe muitos visitantes de outras comunidades.
Dona Bertulina conhecida por Bitu foi fundadora e primeira presidente da Associação de Moradores desta Comunidade. Para se chegar a comunidade de Vicentes, é necessário acessar uma das caminhonetes que percorrem um trecho passando por Nova Iguira, Mato Grosso, Juremal e Vicentes, tendo como destino final o povoado de Marreca Velha. Diariamente, diversos habitantes da área rural do município utilizam esses transportes para se deslocarem no intuito de frequentarem escolas, fazer cursos, trabalharem e realizarem compras.
Entretanto após quase dez anos de início do processo de “quilombolização” na comunidade, o grupo conquistou pouquíssimos avanços e ainda acredita, mesmo que com certos desânimos, alcançar seus objetivos que nada mais são do que direitos básicos para que qualquer cidadão possa viver dignamente em sociedade. Em 2012 um laudo antropológico produzido pela antropóloga Sheila Brasileiro e um técnica pericial do ministério público federal, sobre a Comunidade de Vicentes pautou-se nos relatos de alguns moradores de Xique-Xique, notícias divulgadas na internet e informações apresentadas.
Colaboração: Padre Cláudio, Vereador Mirlan e Zilmara.
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A Comunidade de Vicentes contada por seus moradores atesta que o negro Vicente Pereira Baldino, foi possivelmente escravizado no século XIX, nascido em data incerta na cidade de Pajeú da Flor (hoje a cidade de Flores) na então Província de Pernambuco.
Em 11 de setembro de 1783, foi criada a Freguesia de Flores do Pajeú. Vicente e sua esposa Joventina Pereira da Cruzo seguiram viagem, mas não se sabe ao certo por qual motivo e qual data ou fato teria acontecido. O casal percorreram áreas de caatinga e ao longo do vale do rio são francisco, passaram por várias dificuldades, a exemplo da fome, também enfrentada por muitos sertanejos da época, até chegar ao município de Xique-Xique, passando pelo Rumo. Chegaram até o povoado de Nova Iguira onde se instalaram e, depois, neste território o casal de escravos construiu sua família em terras Xiquexiquenses que passou a ser denominada de Vicentes, sendo que nessa área, a família cresceu, mas o trabalho intenso com a terra e a criação de pequenos animais não foi suficiente para proporcionar melhores condições sociais e econômicas de vida.
As primeiras povoações buscaram através da prática do catolicismo popular, da produção do samba de roda roda de são gonçalo, meios de continuarem nessa terra e afirmarem seus valores, sua importância no meio social local. Desde de dezembro de 2006, o povoado de Vicentes se constituiu como uma comunidade quilombo da contemporaneidade brasileira, a partir do reconhecimento registrado em certidão pela Fundação Cultural Palmares. A maioria dos moradores tem parentesco, muitos se relacionaram e formaram famílias.
O padroeiro é Santo Antonio, e no mês de junho acontecem os festejos da Trezena de Santo Antônio, as comemorações começam dia 01º de Junho ao dia 13 de junho que a data da morte morte de Santo Antonio. Por isso no mês de junho a comunidade recebe muitos visitantes de outras comunidades.
Dona Bertulina conhecida por Bitu foi fundadora e primeira presidente da Associação de Moradores desta Comunidade. Para se chegar a comunidade de Vicentes, é necessário acessar uma das caminhonetes que percorrem um trecho passando por Nova Iguira, Mato Grosso, Juremal e Vicentes, tendo como destino final o povoado de Marreca Velha. Diariamente, diversos habitantes da área rural do município utilizam esses transportes para se deslocarem no intuito de frequentarem escolas, fazer cursos, trabalharem e realizarem compras.
Entretanto após quase dez anos de início do processo de “quilombolização” na comunidade, o grupo conquistou pouquíssimos avanços e ainda acredita, mesmo que com certos desânimos, alcançar seus objetivos que nada mais são do que direitos básicos para que qualquer cidadão possa viver dignamente em sociedade. Em 2012 um laudo antropológico produzido pela antropóloga Sheila Brasileiro e um técnica pericial do ministério público federal, sobre a Comunidade de Vicentes pautou-se nos relatos de alguns moradores de Xique-Xique, notícias divulgadas na internet e informações apresentadas.
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