O Baixio de Irecê é em Xique-Xique
— O povo de Xique-Xique não engole. Lá ninguém chama de Baixio de Irecê, o nome é Baixio da Boa Vista, o povoado em que fica o ponto de captação no São Francisco (...) —
O projeto de irrigação Baixio de Irecê, um perímetro 42.405 hectares, 17.641 irrigáveis ao longo de 46 km, tem 97% da área em Xique-Xique e 3% em Itaguaçu da Bahia, cujo território também era Xique-Xique até 1988, quando se emancipou. E por que leva o nome de Baixio de Irecê?
O povo de Xique-Xique não engole. Lá ninguém chama de Baixio de Irecê, o nome é Baixio da Boa Vista, o povoado em que fica o ponto de captação no São Francisco.
Jerônimo já sabia disso quando pisou lá, no fim de agosto último. Foi a Xique-Xique com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, que lá anunciou o projeto do Vale do Iuiu.
Até que alguém, no discurso, fez a saudação:
— Prezado governador, o Baixio da Boa Vista o recebe de braços abertos!
E lá vai Jerônimo discursar:
— Meus queridos amigos do Baixio da Esperança...
Pulou fora. Ou melhor, preferiu subir no muro.
E de onde vem a distorção? O advogado Guilherme Lapa, que é de Xique-Xique, faz coro na indignação da terra com a colega Ione Righi, que trabalha na assessoria jurídica da presidência da Assembleia, diz que o projeto é velho, amplamente defendido, há mais de 40 anos, pelos ex-deputados Manoel Novaes e Félix Mendonça.
— Naquela época, Irecê tinha fama nacional por causa do feijão. E Xique Xique, ao contrário, era conhecida como o polígono da maconha, coisa que durou até uns 10 anos atrás. Talvez seja isso.
Ele diz que nem o prefeito Reinaldo Braga Filho (UB) e nem ninguém na cidade lá chama Baixio de Irecê. Só Baixio da Boa Vista.
— A área do projeto é chamada Baixio porque fica abaixo do leito do rio, a água escorre. Corrigir isso é uma questão de bom senso.
PRODUÇÃO
O projeto é tocado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). É dividido em nove etapas e só este ano o investimento total em produção pode chegar a R$ 500 milhões, em quase 8 mil hectares.
As etapas 1 e 2, implantadas pela Codevasf, receberam financiamento de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste para empresários e pequenos produtores, numa área de 1,8 mil hectares que já produz citrus (limão taiti), melancia, abóbora e feijão. Segundo Guilherme, só falta se livrar de Irecê.
Siga o portal no Instagram em @portalmeiominuto e fique por dentro das principais notícias da região de Irecê
— O povo de Xique-Xique não engole. Lá ninguém chama de Baixio de Irecê, o nome é Baixio da Boa Vista, o povoado em que fica o ponto de captação no São Francisco (...) —
O projeto de irrigação Baixio de Irecê, um perímetro 42.405 hectares, 17.641 irrigáveis ao longo de 46 km, tem 97% da área em Xique-Xique e 3% em Itaguaçu da Bahia, cujo território também era Xique-Xique até 1988, quando se emancipou. E por que leva o nome de Baixio de Irecê?
O povo de Xique-Xique não engole. Lá ninguém chama de Baixio de Irecê, o nome é Baixio da Boa Vista, o povoado em que fica o ponto de captação no São Francisco.
Jerônimo já sabia disso quando pisou lá, no fim de agosto último. Foi a Xique-Xique com o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, que lá anunciou o projeto do Vale do Iuiu.
Até que alguém, no discurso, fez a saudação:
— Prezado governador, o Baixio da Boa Vista o recebe de braços abertos!
E lá vai Jerônimo discursar:
— Meus queridos amigos do Baixio da Esperança...
Pulou fora. Ou melhor, preferiu subir no muro.
E de onde vem a distorção? O advogado Guilherme Lapa, que é de Xique-Xique, faz coro na indignação da terra com a colega Ione Righi, que trabalha na assessoria jurídica da presidência da Assembleia, diz que o projeto é velho, amplamente defendido, há mais de 40 anos, pelos ex-deputados Manoel Novaes e Félix Mendonça.
— Naquela época, Irecê tinha fama nacional por causa do feijão. E Xique Xique, ao contrário, era conhecida como o polígono da maconha, coisa que durou até uns 10 anos atrás. Talvez seja isso.
Ele diz que nem o prefeito Reinaldo Braga Filho (UB) e nem ninguém na cidade lá chama Baixio de Irecê. Só Baixio da Boa Vista.
— A área do projeto é chamada Baixio porque fica abaixo do leito do rio, a água escorre. Corrigir isso é uma questão de bom senso.
PRODUÇÃO
O projeto é tocado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf). É dividido em nove etapas e só este ano o investimento total em produção pode chegar a R$ 500 milhões, em quase 8 mil hectares.
As etapas 1 e 2, implantadas pela Codevasf, receberam financiamento de R$ 100 milhões do Banco do Nordeste para empresários e pequenos produtores, numa área de 1,8 mil hectares que já produz citrus (limão taiti), melancia, abóbora e feijão. Segundo Guilherme, só falta se livrar de Irecê.
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