Cresce violência contra mulheres em Irecê. Marcha por direitos e contra a previdência marca este dia 8 na cidade
Neste dia 8 de março, em que as representações das mulheres do Território de Irecê realizam a Marcha Territorial Pelos Diretos das Mulheres, com passeata pelas ruas centrais da cidade, reivindicando direitos e protestando contra a reforma da previdência, conforme a proposta em curso, dados liberados nesta quinta-feira, 7, pela 14ª Coordenação Regional de Polícia do Interior, com sede na cidade de Irecê, trazem dados que apresentam neste início de ano, um preocupante crescimento da violência contra mulheres no principal município deste território.
Apesar de uma leve redução no comparativo com 2017, a gravidade foi ampliada no ano passado. O número de Inquéritos Policiais sobre violência contra as mulheres representaram em 2018, 33% dos casos gerais de ocorrência na Delegacia local, com o agravamento de quatro feminicídios, contra nenhum do ano anterior.
No geral, em 2017 foram 118 registros, sendo 44,92% por lesão, 40,68% por ameaças, 5,93% danos materiais e 8,47% difamação. Já em 2018, foram 101 casos. Destes 50,49% lesão (incluindo-se aí os quatro feminicídios) 55,40% ameaças, 8,92% danos materiais e 5,94% difamação.
Ou seja, apesar da ligeira redução, o ano passado foi mais grave que o ano anterior, com a ocorrência dos feminicídios e o aumento dos casos de lesão corporal e ameaças.
CINCO CASOS A MAIS NA MÉDIA/MÊS - Nestes dois primeiros meses de 2019, a situação amplia a preocupação das autoridades. Já são 27 ocorrências de ameaças e lesão corporal, aproximadamente 14 casos por mês, contra pouco mais de 9, a média/mês dos anos anteriores. Praticamente, um aumento de cinco atos de violência contra as mulheres. Este ano começa mal, também neste quesito.
CRIAÇÃO DA NAM E FORTAECIMENTO DO CRM - Para o delegado coordenador da 14ª Corpin, Almir Fernandes, os indicadores apontam uma crescente nos atos de violência doméstica, o que exige das autoridades maior atenção e cuidados. “Iniciamos tratativas com órgãos do governo estadual, responsável por políticas de proteção às mulheres e também com o Centro de Referência da Mulher em Irecê, organismo territorial que se encontra mantido pela Prefeitura de Irecê, e já estão bem avançadas as articulações visando a prevenção destes casos e assistência às vítimas, com a criação do Núcleo de Apoio às Mulheres (NAM), com viaturas e equipamentos tecnológicos, que, associados à estrutura do município de Irecê, com profissionais da psicologia, assistência social e do direito, além dos espaço adequado, vai ser possível atender melhor às vítimas de agressões de qualquer natureza”, informou o delegado.
Robéria Santana, coordenadora do CRM do Território de Irecê, vê com bons olhos a parceria com a Polícia Civil. “Esperamos que esta parceria seja consolidada e que os demais municípios compreendam que o CRM está em Irecê, mas é destinado a todos os municípios, logo, há a necessidade de articulação e fortalecimento desta política de assistência às mulheres vítimas de violência”, salienta a coordenadora.
SERVIÇOS DEVEM SER EXTENSIVOS À FAMÍLIA - A psicóloga Lumena Firmino, do NASF e secretária de organização da Rede Sustentabilidade em Irecê, comenta que os serviços de assistência jurídica, social e psicológica devem ser extensivos às famílias onde se dão os casos de violência. “Os filhos e o próprio genitor, são passíveis desta assistência. Geralmente os casos são de polícia, mas na maioria deles, outras formas de intervenção podem contribuir para a evolução do bem-estar das famílias. Cada caso é um caso, e cada um depende das avaliações, que nunca devem ser generalizadas”, diz a psicóloga, afirmando que muitos inquéritos na polícia não são conclusos, em razão dos elevados índices de desistência da mulher em acionar a justiça contra o mantenedor da casa. Portanto, muito necessária a ampliação dos serviços, visando a construção de novas relações familiares”, conclui.
Criado pela então vereadora Ana Carolina (PCdoB) ainda no governo Beto Lelis, o Conselho Municipal das Mulheres ainda não foi instalado em Irecê. A pauta tem sido motivo de constantes intervenções do Mandato Coletivo da vereadora Meirinha (REDE) e de Gilmara Mota (REDE), junto ao atual governo, para o mesmo seja definitivamente instalado.
ENTIDADES QUE COMPÕEM O COLETIVO TERRITORIAL DE MULHERES, RESPONSÁVEL A MARCHA NA MANHÃ DE HOJE, EM IRECÊ:
Sinbanc Irecê
Rede Sustentabilidade de Irecê
Comissão da Mulher Advogada
GT Mulheres
PSOL
SinTESSI
Câmara Irecê
SECIR
Aracemas
IPÊTERRAS
CRM
APLB Sindicato
PCdoB
Grupo Mulheres Cidadãs de Irecê
Lions
Prefeitura de Irecê
CTB
Cáritas
Polo Sindical de Irecê
Ascumha
Sindicato dos Bancários de Irecê
CPT
UNEB
Pastoral da Criança
AGROCOOP
Movimento LGBT Irecê e Região
Mulheres Solidárias de Irec
Neste dia 8 de março, em que as representações das mulheres do Território de Irecê realizam a Marcha Territorial Pelos Diretos das Mulheres, com passeata pelas ruas centrais da cidade, reivindicando direitos e protestando contra a reforma da previdência, conforme a proposta em curso, dados liberados nesta quinta-feira, 7, pela 14ª Coordenação Regional de Polícia do Interior, com sede na cidade de Irecê, trazem dados que apresentam neste início de ano, um preocupante crescimento da violência contra mulheres no principal município deste território.
Apesar de uma leve redução no comparativo com 2017, a gravidade foi ampliada no ano passado. O número de Inquéritos Policiais sobre violência contra as mulheres representaram em 2018, 33% dos casos gerais de ocorrência na Delegacia local, com o agravamento de quatro feminicídios, contra nenhum do ano anterior.
No geral, em 2017 foram 118 registros, sendo 44,92% por lesão, 40,68% por ameaças, 5,93% danos materiais e 8,47% difamação. Já em 2018, foram 101 casos. Destes 50,49% lesão (incluindo-se aí os quatro feminicídios) 55,40% ameaças, 8,92% danos materiais e 5,94% difamação.
Ou seja, apesar da ligeira redução, o ano passado foi mais grave que o ano anterior, com a ocorrência dos feminicídios e o aumento dos casos de lesão corporal e ameaças.
CINCO CASOS A MAIS NA MÉDIA/MÊS - Nestes dois primeiros meses de 2019, a situação amplia a preocupação das autoridades. Já são 27 ocorrências de ameaças e lesão corporal, aproximadamente 14 casos por mês, contra pouco mais de 9, a média/mês dos anos anteriores. Praticamente, um aumento de cinco atos de violência contra as mulheres. Este ano começa mal, também neste quesito.
CRIAÇÃO DA NAM E FORTAECIMENTO DO CRM - Para o delegado coordenador da 14ª Corpin, Almir Fernandes, os indicadores apontam uma crescente nos atos de violência doméstica, o que exige das autoridades maior atenção e cuidados. “Iniciamos tratativas com órgãos do governo estadual, responsável por políticas de proteção às mulheres e também com o Centro de Referência da Mulher em Irecê, organismo territorial que se encontra mantido pela Prefeitura de Irecê, e já estão bem avançadas as articulações visando a prevenção destes casos e assistência às vítimas, com a criação do Núcleo de Apoio às Mulheres (NAM), com viaturas e equipamentos tecnológicos, que, associados à estrutura do município de Irecê, com profissionais da psicologia, assistência social e do direito, além dos espaço adequado, vai ser possível atender melhor às vítimas de agressões de qualquer natureza”, informou o delegado.
Robéria Santana, coordenadora do CRM do Território de Irecê, vê com bons olhos a parceria com a Polícia Civil. “Esperamos que esta parceria seja consolidada e que os demais municípios compreendam que o CRM está em Irecê, mas é destinado a todos os municípios, logo, há a necessidade de articulação e fortalecimento desta política de assistência às mulheres vítimas de violência”, salienta a coordenadora.
SERVIÇOS DEVEM SER EXTENSIVOS À FAMÍLIA - A psicóloga Lumena Firmino, do NASF e secretária de organização da Rede Sustentabilidade em Irecê, comenta que os serviços de assistência jurídica, social e psicológica devem ser extensivos às famílias onde se dão os casos de violência. “Os filhos e o próprio genitor, são passíveis desta assistência. Geralmente os casos são de polícia, mas na maioria deles, outras formas de intervenção podem contribuir para a evolução do bem-estar das famílias. Cada caso é um caso, e cada um depende das avaliações, que nunca devem ser generalizadas”, diz a psicóloga, afirmando que muitos inquéritos na polícia não são conclusos, em razão dos elevados índices de desistência da mulher em acionar a justiça contra o mantenedor da casa. Portanto, muito necessária a ampliação dos serviços, visando a construção de novas relações familiares”, conclui.
Criado pela então vereadora Ana Carolina (PCdoB) ainda no governo Beto Lelis, o Conselho Municipal das Mulheres ainda não foi instalado em Irecê. A pauta tem sido motivo de constantes intervenções do Mandato Coletivo da vereadora Meirinha (REDE) e de Gilmara Mota (REDE), junto ao atual governo, para o mesmo seja definitivamente instalado.
ENTIDADES QUE COMPÕEM O COLETIVO TERRITORIAL DE MULHERES, RESPONSÁVEL A MARCHA NA MANHÃ DE HOJE, EM IRECÊ:
Sinbanc Irecê
Rede Sustentabilidade de Irecê
Comissão da Mulher Advogada
GT Mulheres
PSOL
SinTESSI
Câmara Irecê
SECIR
Aracemas
IPÊTERRAS
CRM
APLB Sindicato
PCdoB
Grupo Mulheres Cidadãs de Irecê
Lions
Prefeitura de Irecê
CTB
Cáritas
Polo Sindical de Irecê
Ascumha
Sindicato dos Bancários de Irecê
CPT
UNEB
Pastoral da Criança
AGROCOOP
Movimento LGBT Irecê e Região
Mulheres Solidárias de Irec
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