Nesta segunda-feira (17), completa 33 anos da morte do poeta
Mineiro da cidade de Itabira de Mato Dentro, Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Apesar de aparentemente nunca ter visitado o estado baiano, em um extraordinário poema no qual a Bahia é mais que um retrato na parede, Drummond cita Gentio do Ouro e Xique-Xique no qual lamenta não ter conhecido a Bahia.
Nesta segunda-feira (17), completa 33 anos da morte do poeta, Drummond faleceu em 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro, dias após a morte de sua única filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
O POEMA DA BAHIA QUE NÃO FOI ESCRITO
Um dia – faz muito tempo, muito tempo –
achei que era imperativo fazer um poema sobre a Bahia,
mãe de nós todos, amante crespa de nós todos.
Mas eu nunca tinha visto, sentido, pisado, dormido, amado a Bahia.
Ela era para mim um desenho no atlas,
onde nomes brincavam de me chamar:
Boninal,
Gentio do Ouro,
Palmas do Monte Alto,
Quijingue,
Xiquexique,
Andorinha.
– Vem… me diziam os nomes, ora doces.
– Vem! ora enérgicos ordenavam
Não fui.
Deixei fugir a minha mocidade,
deixei passar o espírito de viagem
sem o qual é vão percorrer as sete partidas do mundo.
Ou por outra, comecei a viajar por dentro, à minha maneira.
Ainda carece fazer poema sobre a Bahia?
Não.
A Bahia ficou sendo para mim
poema natural
respirável
bebível
comível
sem necessidade de fonemas.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando. Rio de Janeiro: Record.
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FONTE: PORTAL MEIO MINUTO
Nesta segunda-feira (17), completa 33 anos da morte do poeta
Mineiro da cidade de Itabira de Mato Dentro, Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros do século XX.
Apesar de aparentemente nunca ter visitado o estado baiano, em um extraordinário poema no qual a Bahia é mais que um retrato na parede, Drummond cita Gentio do Ouro e Xique-Xique no qual lamenta não ter conhecido a Bahia.
Nesta segunda-feira (17), completa 33 anos da morte do poeta, Drummond faleceu em 17 de agosto de 1987 no Rio de Janeiro, dias após a morte de sua única filha, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.
O POEMA DA BAHIA QUE NÃO FOI ESCRITO
Um dia – faz muito tempo, muito tempo –
achei que era imperativo fazer um poema sobre a Bahia,
mãe de nós todos, amante crespa de nós todos.
Mas eu nunca tinha visto, sentido, pisado, dormido, amado a Bahia.
Ela era para mim um desenho no atlas,
onde nomes brincavam de me chamar:
Boninal,
Gentio do Ouro,
Palmas do Monte Alto,
Quijingue,
Xiquexique,
Andorinha.
– Vem… me diziam os nomes, ora doces.
– Vem! ora enérgicos ordenavam
Não fui.
Deixei fugir a minha mocidade,
deixei passar o espírito de viagem
sem o qual é vão percorrer as sete partidas do mundo.
Ou por outra, comecei a viajar por dentro, à minha maneira.
Ainda carece fazer poema sobre a Bahia?
Não.
A Bahia ficou sendo para mim
poema natural
respirável
bebível
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