Irecê

Casos de crianças infectadas por coronavírus em Irecê aumentam e acendem alerta

Casos de crianças infectadas por coronavírus em Irecê aumentam e acendem alerta

Só nos últimos 14 dias, foram 14 crianças diagnosticadas pelo novo coronavírus

 

A cada dia, cresce o número de crianças e bebês infectados com coronavírus em Irecê. Neste momento, fica alerta aos cuidados com os pequenos é ainda mais fundamental.

Uma família do município vivenciou essa realidade de perto nos últimos dias. Mas, apesar do susto, a recuperação do pequeno está indo bem.

“Graças a Deus ele está bem e estamos tomando os devidos cuidados para não infectar mais dois filhos que temos, que testaram negativo”, contou a mãe, que preferiu não se identificar.

Só nos últimos 14 dias, foram 14 crianças diagnosticadas pelo novo coronavírus (Covid-19), média de 1 criança infectada por dia. Apesar de ser a faixa etária com menor incidência, já há casos confirmados e mortes desse segmento da população.

Além disso, por terem maior índice de manifestações assintomáticas, crianças podem ser vetores de transmissão para públicos mais suscetíveis de contaminação e evolução do quadro de saúde da covid-19. Assim, os cuidados com essa faixa servem tanto para proteger essas pessoas quanto os que estão ao seu redor.

Uma cartilha do Ministério da Saúde recomenda que pais expliquem às crianças o que está ocorrendo com a pandemia, a seriedade da situação e o que é o coronavírus. O diálogo é importante para lidar com sentimentos como insegurança e medo, decorrentes das mudanças que surgem neste novo momento.

Nesse papel educativo, acrescenta o documento, os pais devem apresentar aos filhos as medidas necessárias para a sua proteção e de quem está próximo, como familiares, especialmente os que integram os chamados grupos de risco.

O documento tem linguagem adaptada para crianças e adolescentes e pode servir como material informativo, a ser disponibilizado pelos pais a seus filhos e familiares. Ele traz conteúdos sobre o coronavírus e aborda formas de prevenção, mostrando dúvida comuns sobre higienização e significados de termos que ganharam visibilidade, como nomes das autoridades de saúde, pandemia e sintomas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há evidências, até o momento, de transmissão pelo leite materno. Nos raros casos de recém-nascidos com covid-19 não há evidência de transmissão vertical (da mãe para o filho). Por isso, a entidade afirma que é desnecessário alterar essa prática entre mães e filhos.

Crianças infectadas

Segundo especialistas, para o caso de crianças acometidas da doença é importante ficar em ambiente arejado, não receber visitas e evitar contato com pessoas mais velhas.

É importante lidar com as características dessa idade. “A criança não tem noção de higiene como um adulto pode ter, por isso é importante não expor outras pessoas ao contato com ela”, alerta a infectologista, Adriele Matos.

Quem estiver junto da criança deve estar sempre com máscara de proteção. Após banho ou troca de fralda, é fundamental fazer a higiene das mãos, além de lavar lençóis e roupas da criança separadamente. “É bem importante limpar com álcool as superfícies do quarto e dos locais que a criança usa”, recomenda a médica.

Profissionais

A Sociedade Brasileira de Pediatria, em outro comunicado sobre o tema divulgado no dia 31 de março, traz uma série de recomendações para médicos. O documento orienta que os profissionais reforcem as medidas de higiene e a importância da quarentena.

Os fluxos em ambulatórios e clínicas devem ser reorganizados, com horários marcados, para evitar presença em salas de espera. Assim como outras especialidades, é possível e recomendável recorrer ao uso de tecnologias, como a telemedicina. Quando o profissional apresentar sintomas, deve buscar atendimento médico e diagnóstico para confirmar ou não a contaminação pelo vírus.

Outras doenças

A SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) também alerta que é importante manter o cuidado com outras doenças, especialmente as síndromes gripais nestes meses de outono e inverno. Isso envolve fazer a vacinação e manter a imunização contra outros vírus em dia.

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