"Um desrespeito a memória dele", afirma irmão de médico assassinado sobre versão divulgada pela Polícia
Para Geraldino Teixeira, irmão de Júlio César, as alegações são um desrespeito a memória do pediatra.
Após as investigações da Polícia Civil da Bahia apontarem que o mandante do homicídio do pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, 44 anos, alegou aos homens contratados para cometer o crime que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa, familiares do médico mostraram-se indignados com as declarações e contestaram a versão apresentada.
“Não podemos aceitar o que essa nota indica, apesar de não ter conhecimento do inquérito, isso não procede. Meu irmão tinha mais de 20 anos de profissão e algo desse tipo nunca aconteceu. Não há qualquer fundamentação nessa versão, nem indicativos de quem é essa mulher ou onde isso teria ocorrido. Não passa de uma versão contada por bandidos”, ressaltou.
Geraldino seguiu afirmando que o irmão ia ao município apenas para realizar os atendimentos, além de estar sempre acompanhado da esposa.
“Meu irmão trabalhava ao lado da mulher dele, ia para Barra apenas a trabalho e nada mais. Isso é um atentado a memória dele”, concluiu.
NOTA PÚBLICA
29.09.2021
Nesta terça-feira (28) a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado da Bahia divulgou nota intitulada “Polícia Civil elucida homicídio de médico no município de Barra”.
A respeito desta nota, que já está repercutindo em veículos de imprensa de todo o país, a família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira vem a público manifestar algumas considerações:
1) Em primeiro lugar, é importante reconhecer a dedicação incansável e a competência técnica do trabalho realizado em conjunto por policiais da Delegacia Territorial (DT) do município de Barra e da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (14ª Coorpin/Irecê), com o apoio da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação, do Departamento de Polícia do Interior (Cati/Depin), ao longo dos últimos quatro dias, desde que Júlio César foi brutalmente assassinado, na manhã do dia 23/09, enquanto atendia uma criança, em um consultório no município de Barra/BA.
2) Reconhecemos e agradecemos às equipes envolvidas pela agilidade deste trabalho investigativo que, em poucos dias, conseguiu descobrir os envolvidos e capturar dois suspeitos deste crime bárbaro.
3) No entanto, nos surpreende e preocupa o fato de a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, de forma precipitada e temerária, divulgar uma nota pública oficial afirmando categoricamente em seu título que o caso foi elucidado. Elucidar significa esclarecer, decifrar, explicar de forma a não restar mais dúvidas a respeito do ocorrido. E sabemos que este caso ainda não foi elucidado inclusive pelo fato de que, na mesma nota, a Ascom da Polícia Civil reitera textualmente que “as equipes continuam realizando diligências para localizar e prender o mandante do crime”.
4) Outro ponto que nos causa estranheza e apreensão enquanto familiares do médico Júlio César é a nota trazer uma declaração do delegado Ernandes Reis Santos Júnior, coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, afirmando que “o mandante do homicídio alegou que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa e por esse motivo determinou a morte do médico”. Ora, se a Polícia Civil ainda está em busca do mandante, como ele poderia ter alegado esta motivação?
5) Também nos assusta o fato de ver uma acusação extremamente grave e difamatória obtida a partir da fala de um criminoso – executor dos disparos que covardemente ceifaram a vida de Júlio César sem qualquer chance de defesa – divulgada em uma nota oficial da Polícia Civil e disseminada por veículos de comunicação de todo o país como verdade irrefutável.
6) Neste sentido, a família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira vem a público reiterar a confiança no trabalho da Polícia Civil e, ao mesmo tempo, solicitar a retificação da nota de forma que ela expresse a veracidade do atual momento das investigações.
7) Nos últimos 20 anos, Júlio César de Queiroz Teixeira exerceu a medicina com extrema dedicação, honestidade e ética. Não podemos permitir que, após a sua morte, a fala de um criminoso seja suficiente para manchar toda uma trajetória de serviços prestados à saúde da população brasileira.
Veja mais notícias de Gentio do Ouro e região no Portal Meio Minuto.
Para Geraldino Teixeira, irmão de Júlio César, as alegações são um desrespeito a memória do pediatra.
Após as investigações da Polícia Civil da Bahia apontarem que o mandante do homicídio do pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, 44 anos, alegou aos homens contratados para cometer o crime que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa, familiares do médico mostraram-se indignados com as declarações e contestaram a versão apresentada.
“Não podemos aceitar o que essa nota indica, apesar de não ter conhecimento do inquérito, isso não procede. Meu irmão tinha mais de 20 anos de profissão e algo desse tipo nunca aconteceu. Não há qualquer fundamentação nessa versão, nem indicativos de quem é essa mulher ou onde isso teria ocorrido. Não passa de uma versão contada por bandidos”, ressaltou.
Geraldino seguiu afirmando que o irmão ia ao município apenas para realizar os atendimentos, além de estar sempre acompanhado da esposa.
“Meu irmão trabalhava ao lado da mulher dele, ia para Barra apenas a trabalho e nada mais. Isso é um atentado a memória dele”, concluiu.
NOTA PÚBLICA
29.09.2021
Nesta terça-feira (28) a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil do Estado da Bahia divulgou nota intitulada “Polícia Civil elucida homicídio de médico no município de Barra”.
A respeito desta nota, que já está repercutindo em veículos de imprensa de todo o país, a família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira vem a público manifestar algumas considerações:
1) Em primeiro lugar, é importante reconhecer a dedicação incansável e a competência técnica do trabalho realizado em conjunto por policiais da Delegacia Territorial (DT) do município de Barra e da Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (14ª Coorpin/Irecê), com o apoio da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação, do Departamento de Polícia do Interior (Cati/Depin), ao longo dos últimos quatro dias, desde que Júlio César foi brutalmente assassinado, na manhã do dia 23/09, enquanto atendia uma criança, em um consultório no município de Barra/BA.
2) Reconhecemos e agradecemos às equipes envolvidas pela agilidade deste trabalho investigativo que, em poucos dias, conseguiu descobrir os envolvidos e capturar dois suspeitos deste crime bárbaro.
3) No entanto, nos surpreende e preocupa o fato de a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil, de forma precipitada e temerária, divulgar uma nota pública oficial afirmando categoricamente em seu título que o caso foi elucidado. Elucidar significa esclarecer, decifrar, explicar de forma a não restar mais dúvidas a respeito do ocorrido. E sabemos que este caso ainda não foi elucidado inclusive pelo fato de que, na mesma nota, a Ascom da Polícia Civil reitera textualmente que “as equipes continuam realizando diligências para localizar e prender o mandante do crime”.
4) Outro ponto que nos causa estranheza e apreensão enquanto familiares do médico Júlio César é a nota trazer uma declaração do delegado Ernandes Reis Santos Júnior, coordenador da 14ª Coorpin/Irecê, afirmando que “o mandante do homicídio alegou que a vítima teria cometido um suposto assédio a sua esposa e por esse motivo determinou a morte do médico”. Ora, se a Polícia Civil ainda está em busca do mandante, como ele poderia ter alegado esta motivação?
5) Também nos assusta o fato de ver uma acusação extremamente grave e difamatória obtida a partir da fala de um criminoso – executor dos disparos que covardemente ceifaram a vida de Júlio César sem qualquer chance de defesa – divulgada em uma nota oficial da Polícia Civil e disseminada por veículos de comunicação de todo o país como verdade irrefutável.
6) Neste sentido, a família do médico Júlio César de Queiroz Teixeira vem a público reiterar a confiança no trabalho da Polícia Civil e, ao mesmo tempo, solicitar a retificação da nota de forma que ela expresse a veracidade do atual momento das investigações.
7) Nos últimos 20 anos, Júlio César de Queiroz Teixeira exerceu a medicina com extrema dedicação, honestidade e ética. Não podemos permitir que, após a sua morte, a fala de um criminoso seja suficiente para manchar toda uma trajetória de serviços prestados à saúde da população brasileira.
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